O ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, foi detido nesta quarta-feira (30) em Belo Horizonte (MG) pela Polícia Federal (PF). Ele está acusado de integrar um esquema que teria desviado R$ 400 milhões da cooperativa.
A Operação Bilaz investiga a gestão da Unimed Cuiabá no período de 2019 a 2023. Segundo a PF, foram identificadas irregularidades nos setores financeiro e administrativo, incluindo a apresentação de documentos contábeis com graves inconsistências à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de prisão que envolvem ex-administradores e funcionários da cooperativa. Além disso, foram realizadas buscas e apreensões, o afastamento de sigilos telefônicos, financeiros e fiscais, e o sequestro de bens dos investigados.
Foram apreendidos diversos itens, como dinheiro em espécie, dólares, relógios de luxo, celulares, joias e canetas tinteiro de alto valor. Além de Rubens, os presos também foram o ex-CEO Eroaldo Oliveira e a ex-diretora administrativa e financeira Suzana Palma.
As irregularidades detectadas incluem contratos irregulares, antecipação indevida de pagamentos, aquisições e obras realizadas sem aprovação em assembleia geral – procedimento obrigatório em cooperativas – e relações desiguais com fornecedores.
Em 2023, a nova gestão da Unimed Cuiabá identificou as primeiras inconsistências financeiras. Enquanto o balanço apresentado pelos administradores indicava um saldo positivo de R$ 371 mil, uma auditoria particular revelou um prejuízo de R$ 400 milhões. Para enfrentar a crise, foi implementado um plano de ação que incluiu o rateio das perdas e a renegociação de contratos e dívidas com instituições bancárias.
Mín. 22° Máx. 33°