Um professor de História e diretor da Escola Estadual João Panarotto, localizada no bairro CPA 4, em Cuiabá, foi detido na manhã desta quinta-feira (31) pela operação Lobo Mau, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-MT). A ação, realizada em parceria com outras instituições, investiga o armazenamento e o compartilhamento de material envolvendo exploração sexual infantil.
De acordo com informações divulgadas, o educador era alvo de mandado de busca e apreensão, mas, durante o cumprimento da ordem judicial, foram localizados arquivos de conteúdo sexual envolvendo menores, o que resultou em sua prisão em flagrante. Além do professor, outro indivíduo, um jovem de 19 anos residente em Tangará da Serra, também foi preso na operação.
Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o educador foi imediatamente afastado de suas funções.
Detalhes da operação
A investigação está sob responsabilidade do Gaeco de São José do Rio Preto, em São Paulo, e da Polícia Civil do Estado de São Paulo, com apoio da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations - HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos. O objetivo é combater a exploração infantil online, que se intensificou com a expansão de redes sociais e aplicativos de mensagens.
A operação identificou diversos suspeitos que, utilizando perfis falsos para parecerem jovens, acessavam plataformas digitais para persuadir menores a produzir e compartilhar imagens de teor sexual. Esse material era então distribuído em grupos fechados nas redes sociais e em aplicativos como Telegram, Instagram, Signal e WhatsApp, bem como em jogos online.
Significado da operação
Batizada de “Lobo Mau”, a operação faz alusão à figura de um predador que se disfarça para se aproximar de suas vítimas, iludindo-as antes de agir. Esse comportamento se intensifica no ambiente digital, onde os agressores se escondem atrás de perfis falsos para ganhar a confiança de menores.
Com uma força-tarefa atuando em 20 estados e no Distrito Federal, a operação cumpre 94 mandados de busca e um de prisão. A ação conta com equipes especializadas das Polícias Civis e Ministérios Públicos dos estados, incluindo apoio das Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
Equipamentos eletrônicos apreendidos passam por análise forense e as autoridades esperam que a ação permita identificar outros envolvidos na rede criminosa. Além disso, a operação visa reforçar a importância de ações conjuntas e permanentes no enfrentamento a crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes.
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