A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, nesta sexta-feira (22), a prisão temporária de um jovem suspeito de envolvimento no desaparecimento de Marina Sofia Menezes Ventura, de 14 anos, ocorrido em 20 de outubro em Diamantino, a 209 km de Cuiabá. A irmã da adolescente, de 17 anos, também foi apreendida pelo mesmo caso.
Marina desapareceu no bairro Bom Jesus após sair de casa e não fazer mais contato com familiares. Segundo investigações, ela foi vista sendo retirada de um veículo com as mãos amarradas, próximo a um frigorífico na região. A testemunha que relatou o fato identificou um dos suspeitos detidos.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi, afirmou que a motivação do crime pode estar relacionada ao valor de uma indenização que Marina receberia pela morte do pai. “Com a morte dela, a quantia seria repartida entre os demais familiares”, explicou. Além disso, o cunhado de Marina, João Victor, de 20 anos, é apontado como integrante de uma facção criminosa e suspeito de abuso sexual contra a vítima.
De acordo com a polícia, João Victor e a irmã da adolescente fugiram para Lucas do Rio Verde, no norte do estado, logo após o desaparecimento de Marina. Ambos foram localizados e presos.
Dinâmica do crime e novas prisões
João Victor foi visto, por meio de câmeras de segurança, deixando sua residência por volta das 11h30 no dia do desaparecimento, usando uma camisa vermelha. Ele retornou às 13h30 com outra roupa. Nesse intervalo, Marina já não estava em casa, conforme relato da irmã dela a uma amiga.
A polícia também prendeu um terceiro suspeito em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, na sexta-feira. Ele foi reconhecido por uma testemunha como um dos homens que transportava o possível corpo de Marina no porta-malas de um veículo. O delegado informou que este suspeito teria recebido uma oferta de R$ 25 mil de João Victor e outro envolvido para colaborar no desaparecimento.
“Estamos reunindo mais provas e continuamos as diligências para identificar todos os envolvidos no caso”, afirmou Bruzzi.
Apesar das buscas realizadas, incluindo o uso de cães farejadores, o paradeiro de Marina ainda é desconhecido. A polícia trabalha com a possibilidade de homicídio, mas até o momento não há evidências concretas sobre o destino da adolescente.
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