'Regras foram atropeladas para impor voto secreto há cinco dias da eleição'

O projeto de resolução que institui voto sigilo para a composição da nova Mesa Diretora foi aprovado em sessão extraordinária nesta sexta-feira (27)

Com o placar de 15 votos a favor e nove contra, foi aprovado nesta sexta-feira (27) projeto de resolução que institui voto secreto para a escolha dos membros da futura Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, que vai ocorrer no próximo dia 1º de janeiro.

O projeto é de autoria dos vereadores da atual Mesa Diretora. O vereador Dilemário Alencar (UB) votou contra e avaliou a decisão como um retrocesso. 

“Foi muito ruim o que aconteceu, pois houve atropelo regimental para aprovar um retrocesso que será péssimo para o parlamento municipal”, afirmou Alencar. 

O vereador, que será o futuro líder do prefeito eleito Abílio Brunini (PL) na Casa de Leis, disse que ficou intrigado com a decisão pelo fato de ela impor mudanças, justamente há cinco dias da eleição da próxima Mesa. 

"Por que essa mudança na véspera da eleição? Não era necessário isso, pois passa a impressão de que querem ganhar a eleição da Mesa usado 'artinhas'”, pontuou. 

Dilemário também argumento que o eleitor, quando vota em um candidato, ele vota na perspectiva que todos os atos do candidato eleito por ele, sejam públicos. 

“Sempre foi uma tradição o voto aberto na Câmara. Lamentavelmente essa tradição foi quebrada. Por isso votei contra”, justificou.

 Dilemário ainda acrescentou que outra situação que o fez votar contra foi o atropelo regimental para aprovar o voto secreto. 

"Eu apontei que em três artigos o regimento foi ferido de morte. Pra mim o ato da aprovação foi ilegal. Aprovaram um lei natimorta. Certamente não vão prosperar”, sentenciou o vereador Dilemário Alencar.